Pulseira Elástica | Waurá
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Medidas aproximadas: 1,60 cm de comprimento x 55,0 cm de largura
TECIDO HUNIKUIN feita em tecelagem com linha de algodão tradicional tingido com pigmentos naturais.
Os Huni Kuin são os “homens verdadeiros” , seus grafismos são chamados de kene kuin, "desenho verdadeiro" uma marca da identidade deste povo, um elemento fundamental na beleza dos objetos e das pessoas.
A tecelagem Huni Kuin, tradicionalmente é feita com algodão orgânico, plantado nas roças, que depois de fiado é tingido com pigmentos naturais, mas também podem ser feitas com algodão industrializados. As mulheres mais velhas são as guardiãs e mestras da arte da tecelagem e também dos cantos rituais, elas são chamadas de ainbu keneya, na língua indígena ‘mulher com desenho’ ou de txana ibu ainbu, ‘dona dos japins’. O japim é um pássaro que tece elaborados ninhos e imita os cantos de outros pássaros e animais.
Conta o mito que foi a jibóia Sidika quem ensinou a arte da tecelagem e da pintura corporal às mulheres, enquanto a anaconda Yube ensinou aos homens a arte do cipó e seus cantos, o mundo das imagens em tranformação. Cada grafismo (kene) pode abrir-se para revelar todo tipo de figuração (dami), pois dentro do desenho da serpente há muitos mundos escondidos. As artes gráficas desta etnia estão intimamente entrelaçadas à experiência visionária do cipó (nixi pae), medicina da floresta produtora de visões.
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Huni Kuin significa "homens verdadeiros", e são um povo de língua pano com uma população estimada em 7 mil pessoas, que habitam a floresta amazônica de ambos os lados da fronteira entre o leste peruano e o noroeste brasileiro.. Seus famosos grafismos, os Kene kuin, são considerados para este povo como “a língua dos yuxin (donos do desenho)”. Sendo assim imagens e caminhos desenhados, ou tecidos, para serem contempladas e cantadas, influenciando ativamente a vida no mundo kaxinawa
Fonte: Instituto Socioambiental/ISA
Lagrou, Els. A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica (Kaxinawa, Acre). Rio de Janeiro: Topbooks, 2007
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